quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Para onde vamos?


“Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram”. (Mt.7,14). Embora todos não assumam essa verdade, podemos perceber em todos os lugares pessoas totalmente “deslocadas”. Deus nos chama, isso é fato! Infelizmente esperam esse chamado de forma literal, esperam ouvir clara e nitidamente a voz de Deus, dentre várias outras formas extraordinárias de chamado. Mas a realidade é que Deus nos envia sinais evidentes (ou não) para melhor compreendermos a nossa vocação.

Fazer o que gosta, estar com pessoas que nos agradam, nem sempre é sinal de uma vida feliz, e talvez seja por isso que nos deparamos com muitos por aí tão convictos de estarem no lugar certo. “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem a perdição e numerosos são os que por ela entram.” (Mt.7,13). Esse caminho em algum momento nos levará ao conhecimento de uma grande ilusão, a mesma alimentada durante o tempo em que achávamos caminhar na direção certa.

Seguir a Jesus implica deixar as seguranças (sair das margens) que possam impedir o compromisso com uma ação transformadora. Todos nós somos chamados à santidade e a missão evangelizadora, a vocação não se limita apenas ao sentido da vida religiosa. O deslocamento, a inquietude e tantas sensações estranhas que às vezes nem conseguimos descrever direito são frutos dessa descoberta. “A verdadeira liberdade não consiste em fazer aquilo que queremos, mas sim aquilo que devemos fazer, porque essa é a nossa vontade” (Santo Agostinho).

A nossa vocação consiste justamente na resposta que damos a essa inquietude. “Jesus disse para eles: Sigam-me, e eu farei você se tornarem pescadores de homens. Eles imediatamente deixaram as redes e seguiram a Jesus.” (Mc 1,17-18). Percebemos tantos perecerem da mesma maneira porque acharam mais conveniente permanecerem onde estão, optando assim por uma vida mais ou menos. “Eu vo-lo digo, mas se vós não vos converterdes, perecereis todos da mesma maneira.” (Lc. 13,5).

Foi exatamente esse o motivo que nos fez buscar muito mais do que havíamos vivenciado, pois todas as nossas experiências nos levam a acreditar firmemente na felicidade vinda de uma vocação bem vivida. “Quem não é apóstolo é improdutivo para si mesmo e para a Igreja.” (Concílio Vaticano II). Sendo assim, sabemos que estaremos em algum lugar ou faremos determinada coisa não porque nos é agradável, mas porque nos é necessário. Pois “a fé sem obras é morta” (cf. Tg 2,26), e somente Deus pode corresponder perfeitamente à todas as nossas necessidades.

Seminaristas Agostinianos,
Gustavo Siqueira e Murilo Mendes

2 comentários:

  1. Sei que para tudo tem um motivo, uma razão.
    Ter conhecido vcs foi um presente de Deus para nós.
    Sentiremos muita falta de vcs.
    Um abraço fraterno.
    Dri Léo, Biel, Maria Clara e Matheus.

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  2. As veses o caminho de Deus e tao claro que nem percebemos o nosso chamado,voces terao uma caminhada escolhida por Deus e por voces.Parabens.Sentireeemos muita falta de voces.Um abraco.

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