segunda-feira, 28 de março de 2011


" Se amar fosse fácil, não haveria tanta gente amando mal nem tanta gente mal amada.
Se amar fosse fácil, não haveria fome, guerras, violencia, nem gente sem sobrenome.
Se amar fosse tão fácil, não haveria assaltantes, e as mulheres gestantes não tirariam seu feto. Não haveria assassinos, nem preços exorbitantes, nem os que ganham de mais nem os que ganham de menos.
Se amar fosse tão fácil, não haveria soldados para nos defender, pois ninguem agrediria. No máximo, ajudariam no combate ao cão feroz.
Mas o amor é um sentimento que depende de um " eu quero ", seguido de um " eu espero ". E a vontade é rebelde; o homem, um egoísta que maximiza seu "eu". Por isso o amor é dificil.
Jesus Cristo não estava brincando quando nos mandou amar. Ao morrer amando, deu-nos a suprema lição do amor humilde."

"Não se ama por ser fácil, ama-se porque é preciso!"

Pe. Zezinho,scj

sábado, 26 de março de 2011

Parabola do Trigo e o Joio


1. Parábolas do Reino.
No capítulo 13 de Mateus, no 4 de Marcos e nos capítulos 8 e 13 de Lucas, estão as parábolas em que Jesus anuncia o Reino de Deus. São, em verdade, sete: 1. O Semeador; 2. O joio e o trigo; 3. O grão de mostarda; 4. O fermento que a mulher põe na massa; 5. O tesouro escondido; 6. A pérola preciosa; 7. A rede jogada ao mar.
No Inquietude, a gente já trabalhou a parábola da pérola preciosa, a do semeador e, na última reunião, o grão de mostarda.
Agora nós vamos refletir sobre a parábola do trigo e do joio.

2. A parábola do trigo e do joio.
Mateus 13, 24-30: “Jesus propôs-lhes outra parábola: O Reino dos céus é semelhante a um homem que tinha semeado a boa semente em seu campo. Na hora, porém, que os homens repousavam, veio o inimigo, semeou o joio no meio do trigo e partiu. O trigo cresceu e deu fruto, mas apareceu também o joio. Os servidores do pai de família vieram e disseram-lhe: - Queres que vamos e o arranquemos? – Não, disse ele: arrancando o joio, arriscais a tirar também o trigo. Deixai-vos crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo ao meu celeiro.”(Bíblia da Ave-Maria).
O texto começa falando que Jesus propôs outra parábola. Pois bem, convém lembrar que a primeira parábola (Mt 13, 1-23) foi a parábola do semeador. Logo depois da parábola do trigo e do joio, que agora meditamos, vem a parábola do grão de mostarda, já refletida na última reunião do Inquietude. Assim, geograficamente, a parábola em foco está situada entre a do semeador e a do grão de mostarda, sendo que a explicação de Jesus sobre o trigo e o joio só aparece depois da parábola do grão de mostarda, quando Ele e os discípulos voltaram para casa. Resumindo: 1. O semeador; 2. O trigo e o joio; 3. O grão de mostarda; 4. A explicação dada aos discípulos sobre o trigo e o joio.
Interessante notar que, ao que tudo indica, os discípulos não tiveram dúvida a respeito das parábolas do semeador e do grão de mostarda. A primeira parábola porque Jesus já lhe explica o sentido nos versículos 18 a 23 e a do grão de mostarda pela sua clareza, eis que tudo na vida, todos os nossos planos, aspirações, desejos, sejam pessoais, profissionais ou comunitários começam pequeninos e vão crescendo, demandando para isto de zelo, de cuidado, de perseverança.
Cumpre observar ainda que, diversamente da Parábola do Semeador, em que na terra boa as sementes só deram trigo cem, sessenta e trinta por um, aqui vai haver uma mistura entre o trigo e o joio. Mesmo havendo o joio no meio do trigo, o pai de família, senhor da plantação, deixou ele crescer, não atendendo aos apelos dos servidores para que arrancasse o joio. E assim o fez porque vislumbrava que se arrancasse o joio, arrancaria o trigo também.Este pai é zeloso e cuidadoso com o trigo e faz de tudo para não prejudicá-lo, ainda que permita que o trigo conviva com o joio.
Resta claro aqui o amor e a misericórdia de Deus que nos conhece, sabe que estamos no mundo, mas não somos do mundo, como disse São Paulo. É um Deus que nos dá a liberdade, ou seja, o livre arbítrio que, na concepção de Santo Agostinho, é a liberdade para fazer o bem, para fazer o que se deve fazer.
Por fim, vê-se que quando chegaram em casa, Jesus teve de explicar a parábola, conforme será observado no tópico subseqüente.

3. A explicação da parábola.
MT 13, 36-43: “Então despediu a multidão. Em seguida, entrou de novo na casa e seus discípulos agruparam-se ao redor dele para perguntar-lhe: Explica-nos a parábola do joio no campo. Jesus respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno. O inimigo, que semeia, é o demônio. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos. E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo. O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aqueles que tem ouvidos, ouça.”(Bíblia da Ave-Maria)
A explicação de Jesus é direta: 1. O Semeador é Ele mesmo (igual na Parábola do Semeador ou da Semente); 2. O campo é o mundo; 3. O trigo, a semente boa, são os filhos do Reino; 4. O joio são os filhos do maligno; 5. A colheita é o fim do mundo.
4. A importância da interpretação desta parábola por Santo Agostinho.
Santo Agostinho fez uma interpretação desta parábola que teve o mérito de evitar o sectarismo, o preconceito e ressaltar a tolerância. Por isso, a sua concepção é bem atual a fim de se evitar o fanatismo, a intolerância religiosa.
Atenção, jovens do Inquietude! Fanatismo não se mede pela sua freqüência à Igreja e sim pela intolerância com o diferente. Fanático é aquele que acha que só ele está salvo, só ele tem razão, só ele e seu grupo são dignos do amor de Deus. É uma forma de soberba religiosa!
E o que isso tem a ver com a presente parábola? Eis o ensinamento do Frei Raniero Cantalamessa, Pregador do Vaticano: “Esta parábola de Jesus, na Antiguidade, foi objeto de uma memorável disputa que é muito importante levar em consideração também hoje. Havia espíritos sectários, donatistas, que resolviam a questão de maneira simplista: por um lado, está a Igreja (sua igreja!), constituída somente por pessoas perfeitas; por outro, o mundo, repleto de filhos do maligno, sem esperança de salvação.A estes se opôs Santo Agostinho: o campo, explicava ele, certamente é o mundo, mas também na Igreja, lugar em que vivem juntos santos e pecadores e em que existe lugar para crescer e converter-se. ‘Os maus – dizia ele – estão no mundo para converter-se, ou para que por meio deles os bons exerçam a paciência.’”(http://www.cantamalessa.org).
Assim, Santo Agostinho nos ensina que há trigo e joio mesmo dentro da própria Igreja e que não devemos imaginar que só por sermos católicos estamos salvos ou que só pelo outro não comungar da nossa fé ele já está condenado. Esta visão sectária não se concilia com a acolhida, o amor, a tolerância, inerentes ao cristianismo.
Aliás, dentro do seio da própria Igreja, da comunidade, não se deve fazer uma separação de forma a se imaginar que o nosso grupo é melhor do que outro, que este movimento é superior ao outro, mais devoto, mais inteligente, mais capaz. Nada disso, somos diferentes, porém caminhando juntos no mesmo rumo. A forma de andar é diferente, o ritmo é distinto, mas o caminho é um só, endereçado ao mesmo destino, o Reino dos Céus.

5. O trigo e o joio dentro de nós.
Um outro aspecto que não se pode perder de mira é que o trigo e o joio estão também dentro de nós, em constante luta. Os vícios e as virtudes estão presentes em nós e cabe-nos desenvolver estas e eliminar aqueles.
De novo, vale ouvir o Pregador do Vaticano: “Além disso, também existe joio dentro de cada um de nós, não somente no mundo e na Igreja, e isso deveria eliminar a nossa propensão de apontar com o dedo os demais. Erasmo de Rotterdam respondeu a Lutero, que o reprovava por sua permanência na Igreja Católica apesar da sua corrupção: ‘Suporto esta Igreja com a esperança de que seja melhor, pois ela também está obrigada a suportar-me esperando que eu seja melhor.’

6. A parábola e a esperança da Salvação.
Por último, vale observar que o último versículo da parábola, o de número 43, diz que então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. É uma promessa que devemos crer. Pode o joio crescer junto ao trigo, pode parecer que o joio triunfará no mundo, na Igreja e no nosso coração, mas, no final, o joio será queimado e só restará o bom trigo no mundo, na Igreja e em nossos corações.
Assim como um belo dia de sol após uma tempestade, o Senhor nos promete que haverá um resplendor, forte e perene como o sol, para a vida dos justos, ou seja, para aqueles mansos, humildes e puros.
Aprendamos a viver como sementes de trigo que dão frutos cem por um e que, mesmo em meio ao joio, têm a convicção de que a justiça triunfará!

Leonardo Buissa

















“Em muitos milênios de vida sobre a terra, o homem se acostumou com tudo; adaptou-se a todo clima, imune a muitas doenças. Existe algo ao qual ele nunca se acostumou: a injustiça.” (Frei Raniero Cantalamessa).



sábado, 19 de março de 2011

O Grão de Mostarda


1. Parábolas do Reino.
No capítulo 13 de Mateus, no 4 de Marcos e nos capítulos 8 e 13 de Lucas, estão as parábolas em que Jesus anuncia o Reino de Deus. São, em verdade, sete: 1. O Semeador; 2. O joio e o trigo; 3. O grão de mostarda; 4. O fermento que a mulher põe na massa; 5. O tesouro escondido; 6. A pérola preciosa; 7. A rede jogada ao mar.
No Inquietude, a gente já trabalhou a parábola da pérola preciosa e a do semeador.
Agora o tema é o grão de mostarda. Na outra reunião será o joio e o trigo.
O Senhor Jesus utiliza de parábolas para facilitar o entendimento acerca do Reino de Deus, usando coisas da vida cotidiana do povo de então como o grão, o trigo, o joio, a pérola, o tesouro, a rede de pesca, ou seja, de utensílios bem próprios da sociedade agrária e rural da Palestina.

2. O grão de mostarda – Mt 13, 31-32.

3. Comentários do Pe. Luís Cláudio Fillion sobre o grão de mostarda.
“Na Terra Santa, o pé de mostarda alcança proporções consideráveis, e as aves, ávidas de sua semente, vêm, satisfeitas e graciosas, pousar nos seus galhos. A aplicação é fácil: como a mostarda, o Reino dos Céus, pequeno no começo, em pouco tempo deveria adquirir colossais proporções e se espalhar pelo mundo inteiro...” (http://www.catolicismo.com.br/)


4. Comentário de Santo Agostinho.
“O grão de mostarda representa o fervor da Fé, porque se diz que ela expulsa os venenos, ou seja, os ensinamentos iníquos. E penso que, por galhos da árvore evangélica, que desceram do grão de mostarda, deve entender-se a variedade de dogmas, sobre os quais descansa a multidão das aves do céu, isto é, as almas dos fiéis ou as virtudes dos que combatem pelo serviço de Deus.”

5. Nota da Bíblia da Ave Maria.
“Sentido da Parábola: a Igreja de Jesus terá um começo humilde, mas conseguirá um esplêndido desenvolvimento.

6. A parábola para nós.
Para nós jovens do Inquietude, vivendo no Terceiro Milênio, em Goiânia, a parábola nos indica o caminho em várias situações da vida.
A inteligência da mensagem é uma só: o Reino dos Céus começa pequeno e vai crescendo. Tudo na vida começa pequeno, às vezes de uma ideia, de uma palavra, de um sonho, de uma brincadeira e vai crescendo. E quando cresce dá a sensação de conforto, de proteção, enfim de vida verdadeira, como a gente viu na árvore frondosa em cujos galhos as aves do céu se abrigam.
A Igreja é assim. Começou com uma pequena comunidade dos apóstolos e primeiros discípulos (At 2, 42-47) e foi se agigantando, estando hoje presente em todos as partes do mundo.
Com a nossa Paróquia foi assim. Começou com a missão dos Agostinianos da Província de Castela que vieram para o longínquo Brasil, iniciaram atividades na nova capital de Goiás, na capelinha da Rua 55e hoje é uma conhecida Paróquia da Região Centro da Arquidiocese e ainda há o Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima.
Com o Inquietude tem sido assim. Começou de uma inquietude mesmo, de uma vontade de se ter uma Comunidade de Jovens na Paróquia com espiritualidade agostiniana. Depois passou-se a reunir um grupo de poucas pessoas e hoje já temos um grupo de jovens comprometidos, entusiasmados e que a cada dia convidam outros a participar.
Mas o grão de mostarda pode acontecer na minha vida. As virtudes, as práticas dos bons hábitos surgem como um grão de mostarda e vão crescendo e se tornando natural na nossa vida e muitos virão para perto, a fim de “descansar” na sombra que os nossos galhos de pessoa convertida proporcionam.
Cultivar o grãozinho do amor, da generosidade, do respeito, da obediência é a missão de cada um de nós. A gente cuida deste nosso grãozinho e, de repente, ele se transforma numa árvore forte de caridade, de retidão, de zelo, de alegria e de paz. Neste momento, atraímos para perto os nossos pais, irmãos, familiares, amigos, colegas de sala, até mesmo aqueles com quem não temos simpatia natural.
Cultivemos então a cada dia, em cada momento, com paciência, com perseverança, o nosso grão de mostarda, na firme esperança de ver a frondosa árvore crescer nos nossos corações, nas nossas famílias, na nossa comunidade, no trabalho e na escola....

“Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência” (Santo Agostinho)

Leonardo Buissa

quarta-feira, 16 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011

“Contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta”.

Este é o objetivo da Campanha da Fraternidade 2011 (CF), que será aberta, em nível nacional, na Quarta-feira de Cinzas, 9 de março, na sede da CNBB.

Com o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto”, a CF chama a atenção especialmente para as questões do aquecimento global e das mudanças climáticas.

Motivada pela fé

Segundo o secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, é a fé que motiva a Igreja a discutir temas como o proposto pela CF-2011. “A fé nos torna específicos numa discussão como essa. A nossa fundamentação é teológica e se baseia no próprio projeto de Deus para com a criação e para com o ser humano”, explica.

Dom Dimas destacou ainda que a ecologia humana é de “suma importância” para as discussões porque trata a vida como um todo e não distingue a vida do planeta da vida dos seres humanos. “A ecologia humana é um tema fundamental trazido pelo papa João Paulo II e, depois, por Bento XVI. De acordo com o papa, o centro do universo está na pessoa humana e, muitas vezes, as políticas públicas não levam em conta esses dois pontos, principalmente as pessoas mais vulneráveis, os mais pobres”.

A partir de março, o debate do tema proposto pela Campanha ganha as paróquias, comunidades e os mais diversos espaços.“A temática é uma preocupação social da Igreja que quer despertar as pessoas para a educação ambiental porque, a partir do nosso dia-a-dia, precisamos diminuir o consumo e tomar algumas medidas que impliquem em menos gasto e mais educação para a vida do nosso planeta”, sublinhou o secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias.

De acordo com o secretário, os temas sociais apresentados pelas Campanhas da Fraternidade refletem o papel da Igreja junto à sociedade. “A Igreja toma esses temas como reflexão para servir à sociedade, porque implicam em sofrimento, dores, morte. A Igreja, imbuída da missão de evangelizar, procura levar a luz de Deus àquela situação, para que brote a vida no seio da sociedade”, disse o padre.

Objetivos e estratégias

Além do objetivo geral, CF apresenta alguns objetivos específicos como viabilizar meios para formação da consciência ambiental; promover discussões sobre a problemática; mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais. Algumas estratégias também são adotadas como mobilizar pessoas, Igrejas e a sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais; denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes do aquecimento global.

Coleta da Solidariedade

Um dos gestos concretos propostos pela CF é a Coleta da Solidariedade, que deverá ser feita em todas as dioceses do país no dia 17 de abril. Do total arrecadado, as dioceses destinam 40% para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS). Os outros 60% ficam nas dioceses, formando o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), para o atendimento a projetos locais. Os recursos arrecadados na Coleta da Solidariedade são destinados prioritariamente a projetos que atendam os objetivos propostos pela CF-2011. No ano passado, os 40% enviados pelas dioceses para o FNS somaram R$ 3.807.769,55.


Fonte: CNBB

sexta-feira, 11 de março de 2011


O FICA A DICA!! dessa semana apresenta uma BANDA MUITO BOA DE HEAVY METALCATÓLICO TENDO EX INTEGRANTES DO ETERNA E DO SYMBOLS(SECULAR)...
CEREMONYA

Site: http://www.ceremonya.net/

ENTÃO FICA A DICA!!!


CEREMONYA - A IGREJA É O LUGAR DA MULEKADA

quinta-feira, 10 de março de 2011

Parábola do Semeador

1. O que são parábolas?
São estórias contadas por Jesus para facilitar o entendimento da mensagem. O Senhor se utiliza de coisas da vida cotidiana da sociedade agrária da época como semente, grão de mostarda, tesouro, pérola, rede de pescaria, para ensinar sobre o Reino de Deus. Como os ouvintes eram pessoas simples, do povo, que muitas vezes não sabiam ler e escrever, utiliza Jesus das parábolas, sendo que os ouvintes iriam transmiti-las oralmente para quem não estava presente na hora que Jesus falou. E assim as estórias iam ficando mais e mais populares.

2. Parábolas do Reino.
No capítulo 13 de Mateus, no 4 de Marcos e nos capítulos 8 e 13 de Lucas, estão as parábolas em que Jesus anuncia o Reino de Deus. São, em verdade, sete: 1. O Semeador; 2. O joio e o trigo; 3. O grão de mostarda; 4. O fermento que a mulher põe na massa; 5. O tesouro escondido; 6. A pérola preciosa; 7. A rede jogada ao mar.
ATENÇÃO: O Senhor se utiliza de objetos, de figuras bem conhecidas do povo.
3. O Semeador.

3.1 – A sementeira é feita por nós, assim como foi feita pelos apóstolos e pelos profetas (Santo Agostinho). O Semeador é o próprio Jesus, só ele é quem semeia. Por isso, não devemos ficar orgulhosos. Entusiasmados sim, orgulhosos, vaidosos, competitivos, não! A sementeira é a paróquia, os grupos, a juventude. Temos que zelar por eles para que ocorra o semeio.

3.2 – O ato de semear. É uma atividade perene. Vale lembrar que o homem deixou de ser nômade e passou a ser sedentário, a se fixar em determinado lugar, quando passou a semear a terra. Não se semeia só uma vez, a atividade é contínua. A Igreja vem semeando há mais de dois mil anos. Assim, a nossa função de semear a palavra de Deus, que é a semente verdadeira que dá excelentes frutos, todos os dias, em todas as oportunidades, com palavras e ações, através do nosso testemunho de jovem dentro do Inquietude, na paróquia, na escola, no trabalho, no namoro, com os amigos. O trabalho de semear é cotidiano e há de se ter zelo e dedicação para que surjam bons frutos. Não podemos desanimar! Eis como nos exorta o nosso pai Agostinho: “Com efeito, o que importa que o grão de trigo caia à beira do caminho, sobre as pedras ou entre os espinhos? Se ele se deixasse desencorajar por este lugares ingratos, não avançaria até à boa terra!” (Sermão 101).

3.3 – A semente é palavra de Deus. Como diz Santo Agostinho nós encontramos Deus em duas mesas: na mesa da eucaristia e na mesa da palavra. A palavra é como a chuva que rega a terra e não volta para o céu sem ter produzido fruto (Isaías 55, 10-11).

3.4 – A semente caiu à beira do caminho. Como o próprio Jesus explica, a semente que caiu à beira do caminho é aquele que ouve a palavra, mas não a entende, não busca aprofundar, apenas ouve, escuta, mas não vivencia e logo o mal tira esta palavra dela. Na verdade, a palavra sequer foi absorvida, compreendida. Não houve um verdadeiro encontro, como o de Zaqueu com Jesus (Lc 19), que meditamos na reunião passada.

3.5 – A semente caiu no pedregulho. A semente não germinou porque a terra não era profunda. Assim que o sol saiu, queimou e como não tinha raiz, secou. Aqui o Senhor nos indica que esta semente é aquele que recebe a palavra com alegria, mas como é uma pessoa inconstante, quando aparece uma tribulação, uma perseguição por causa da palavra, logo desiste. Não persevera, é fraco, cheio de dúvidas.

3.6 – A semente caiu entre os espinhos. Neste caso, os espinhos cresceram e sufocaram as sementes. Como o próprio Jesus ensina tais espinhos são as preocupações mundanas, a ilusão das riquezas, as diversas cobiças que não permitem que a semente cresça no coração do homem. Ouve-se a palavra, mas a preocupação com as coisas materiais, a cobiça do dinheiro, da gula, da sensualidade, da soberba, do orgulho, terminam por sufocar a semente.

3.7 – A semente caiu em boa terra. Aí a semente da palavra foi jogada, cuidada, tendo caído em terra boa, cresceu e floresceu, dando frutos trinta, sessenta e cem por um, ou seja, muitos frutos. Este caso acontece com quem recebe a palavra, a escuta com atenção e passa a vivê-la diariamente, dando frutos da presença de Deus, frutos como paz, alegria e amor, como diz Paulo ao relatar os frutos do Espírito Santo.

SERMÃO 101 DE SANTO AGOSTINHO.

CEM, SESSENTA E TRINTA POR UM

A sementeira foi feita pelos apóstolos e pelos profetas, mas é o próprio Senhor que semeia. É o próprio Senhor que está presente neles, pois foi o próprio Senhor que fez a colheita. Porque, sem Ele, eles não são nada, enquanto que Ele, sem eles, permanece na Sua perfeição. Com efeito, Ele disse-lhes: ‘Sem Mim nada podeis fazer’ (Jo 15, 5). Semeando portanto entre as nações, que disse Cristo? ‘Um semeador saiu para semear’ (Mt 13, 3). Noutro texto, os semeadores foram enviados para colher; agora, o semeador sai para semear, e não se queixa do trabalho. Com efeito, o que importa que o grão de trigo caia à beira do caminho, sobre as pedras ou entre os espinhos? Se ele se deixasse desencorajar por este lugares ingratos, não avançaria até à boa terra!....
É de nós que se trata: seremos esse caminho, essas pedras, esses espinhos? Queremos ser boa terra? Dispomos o nosso coração a produzir trinta vezes mais, sessenta vezes mais, cem vezes, mil vezes mais? Trinta vezes, mil vezes, sempre trigo e apenas trigo. Não sejamos mais esse caminho onde a semente é pisada por quem passa e onde o nosso inimigo a agarra como os pássaros. Nem essas pedras onde uma terra pouco profunda faz germinar rapidamente um grão que não consegue resistir ao calor do sol. Nunca mais esses espinhos, as ambições deste mundo, este hábito de fazer o mal. Com efeito, que coisa pior pode haver do que aplicar todos os esforços a uma vida que impede de chegar à vida? Que coisa mais infeliz escolher a vida para perder a vida? Que coisa mais triste que temer a morte para sucumbir ao poder da morte? Arranquemos os espinhos, preparemos o terreno, recebamos a semente, agüentemos até a colheita, aspiremos a ser arrecadados nos celeiros.
Santo Agostinho – Sermão 101.


Leonardo Buissa

domingo, 6 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011


O FICA A DICA!! dessa semana apresenta uma música de JAKE, a cantora de Axé Católico.

"Com o incentivo da minha família e com um sonho no coração lancei meu primeiro CD solo de axé, no ano de 2006 e comecei a viajar todo o Brasil levando minhas canções, que na verdade, são mensagens de vida em forma de música e alegria. Sou apaixonada por ver minha voz transformando as pessoas. É um fenômeno incrível estar num palco e sentir os corações lá embaixo se abrindo, se libertando dos seus pesos e sorrindo com esperança."

então FICA A DICA!!


terça-feira, 1 de março de 2011

Não há por que temer


Quando tomamos consciência e clamamos pelo socorro do céu, tudo muda, a tempestade se acalma e ousamos andar sobre as águas. Foi o que Pedro experimentou:

“Senhor, se és mesmo Tu, ordena-me que vá ao teu encontro sobre as águas. Vem, disse Ele. E Pedro, saindo do barco, caminhou sobre as águas e foi rumo a Jesus” (Mt 14, 28-29).

Nós também podemos andar sobre os nossos problemas, sobre as tempestade que assolam as nossas vidas, fixando os olhos em Deus e não os desviando nem para direita nem para a esquerda.

Quando Pedro tirou os olhos de Jesus, ele afundou. Aí está o segredo: podemos andar por cima de nossos problemas, sem nos deixar amedrontar pela tempestade, se continuarmos com os olhos fixos no Senhor.

Tenha certeza: quando você traz o Senhor para dentro do barco da sua vida, tudo muda. O vento cessa, a tempestade se acalma... O Senhor passa a ter o comando de todas as coisas.

“Confiança, sou Eu, não tenhais medo”. Seja qual for a situação pela qual você esteja passando, confie: é Ele mesmo quem diz: “Sou Eu, não tenhais medo”. Nas grandes dificuldades, mas, também nas situações embaraçosas do dia a dia, o Senhor está ao nosso lado. Não há por que temer.

(Trecho extraído do livro “Isto é obra do Senhor: Um milagre aos nossos olhos!” de monsenhor Jonas Abib).